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Terezín: visita a campo de concentração como opção de bate e volta de Praga
Conseguiu visitar tudo o que queria em Praga? A região é repleta de opções que permitem bate e volta da capital. Uma delas é Terezín, que fica a 60km de Praga e foi transformada em campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
ROTEIRO
6/30/20173 min read


Uma curiosidade natural de quem vai ao Leste Europeu é conhecer um desses locais e Terezín é uma boa saída para quem tem receio do que pode encontrar em outras instalações do mesmo tipo. Antigamente o espaço era uma cidade comum que abrigava cerca de 7 mil pessoas, já entre 1941 e 1945 chegou a concentrar 50 mil. Hoje alguns voltaram a ocupar a estrutura, mas esse número não passa de 1000.
Pequeno forte
Ainda na Primeira Guerra Mundial, o exército nacional construiu uma estrutura militar próxima a Terezín, cerca de 15 minutos de carro. O espaço era utilizado como prisão política e seu detento mais conhecido foi o rapaz acusado de assassinar o arque duque austríaco Franz Ferdinand.
Lá você consegue visitar as celas individuais e coletivas e o museu que resume a história desse prédio. Mas a principal parte do dia ainda está pela frente.
Terezín
Depois de ocupada, a cidade passou a funcionar como ponto de parada para os prisioneiros do governo nazista até que fossem encaminhadas aos campos de extermínio. Nos cinco anos em que esse sistema funcionou, cerca de 150 mil pessoas passaram por lá e apenas 3 conseguiram escapar – em uma noite em que os soldados ficaram bêbados.
A intenção aqui não era matar em massa, não havia câmara de gás, por exemplo, mas a estrutura era usada de forma a dificultar a sobrevivência. Uma vez que muitas pessoas dividiam o mesmo espaço, doenças se espalhavam muito rápido, isso sem contar a escassez de comida, e cerca de 130 morriam por dia vítimas desse cenário.
Milhares de pessoas chegavam ao campo de uma vez e isso começou a chamar atenção de quem morava na região, por isso a Cruz Vermelha foi acionada e agendou uma visita ao local. Com isso em vista, iniciou-se uma reforma para dar início ao processo de embelezamento para passar pela avaliação da organização internacional como sendo um espaço no qual os judeus podiam viver suas vidas e exercer sua cultura de forma livre. Assim os prédios foram pintados, uma praça foi construída e banheiros novos foram implantados com espelhos e diversas pias. No entanto a praça ficava cercada para impedir a circulação e os banheiros nunca chegaram a ser usados pelos prisioneiros.
Uma série de vídeos foi produzida para veiculação nas cidades e entres as autoridades e entidades internacionais com o intuito de divulgar esse local que teoricamente seria o espaço de expressão dos judeus. Talvez um dos materiais mais conhecidos seja a partida de futebol entre judeus e guardas, organizada para a gravação. As imagens mostram diversão e interação, mas os prisioneiros transformados em jogadores foram enviados para Auschwitz logo depois do término da filmagem.

Esse material é mostrado na visita a uns dos prédios de Terezín que foram transformados em museus que recontam o deslocamento de judeus pela Europa quando levados a campos de extermínio. Outros espaços guardam acervos grandes da produção cultural feita lá, como livros, peças de teatro e desenhos, também há espaços que recriam os quartos comunitários. As celas comuns e as solitárias também têm acesso autorizado, bem como o cemitério e o espaço destinado para a cremação dos corpos.
Essa estrutura fica em cima de mais de 30 km de túneis usados pelos soldados para acesso a diferentes áreas. Parte dele fica aberta para visitação, cerca de dez minutos de caminhada com rápido.
O ideal é separar um dia inteiro para esse bate e volta e é importante fazer esse tour guiado porque a visita será prejudicada sem alguém que conheça muito bem o local. Sem uma pessoa para contar a dinâmica da época, você pode sair de lá com a impressão errada desse momento histórico que ainda hoje deixa marcas em diferentes nações. Minha indicação é reservar o tour pelo SANDEMANs, a empresa tem opções em inglês e espanhol e o preço de 900 coroas tchecas (cerca de 35 euros) inclui transporte ida e volta e entre o Pequeno Forte e Terezín, além de acesso aos museus e acompanhamento de um guia.

