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Washington: conheça a capital americana em 5 dias
Um roteiro completo para explorar história, cultura e atrações imperdíveis em Washington D.C.
ROTEIRO
6/18/20178 min read
Está pensando em incluir Washington DC nos seus planos de viagem? Aqui vão três questões básicas para ajudar na decisão:
Pretende economizar na viagem?
Gosta de museus?
Tem disposição para longas caminhas e períodos em pé?
Se você respondeu sim às perguntas acima, então arrume as malas!
Visitar a capital dos Estados Unidos é um banho de história, ao contrário do que possa parecer, não só da americana. É o tipo de cidade que nem chuva atrapalha. Claro, tem passeios ao ar livre que são melhores sem o guarda-chuva, mas a maior parte do seu tempo por aqui será entre paredes – e a maioria dos museus é de graça.
Dependendo da sua disposição para caminhadas, cinco dias são o suficiente para conhecer os destaques da região, incluindo algumas cidades ao redor. As principais atrações ficam reunidas no centro, mas não subestime as distâncias, pode levar dias até que você consiga atravessar o parque que separa o Capitólio do memorial do Lincoln. Então pegue um mapa, separe seu par de sapatos mais confortáveis e tente deixar a mochila o mais leve que conseguir.
O roteiro em Washington
Ajustar os passeios com a previsão do tempo é fundamental em qualquer lugar, e aqui em Washington não é diferente. Você não vai precisar de muitos dias de sol. Um basta. Por isso fique atento e mova as atividades no calendário como for necessário.
Como se locomover em Washington
Esse é um roteiro que mescla as atrações básicas de Washington e ainda inclui alguns extras, como Alexandria, a Folger Shakespeare Library e o Newseum. Para percorrer tudo isso, o transporte público vai ser seu melhor amigo. O único ponto que pode criar confusão é a forma de pagamento: em Washington você paga pelo bilhete do metrô na saída e o valor depende da distância do trajeto percorrido. Para evitar mal entendidos e filas, o melhor é comprar um cartão recarregável e ir colocando dinheiro aos poucos para não correr o risco de ficar sem ou sobrar muito na hora de ir embora.
Dia 1
Os cartões postais da cidade ficam ao redor do National Mall, um grande parque localizado em downtown e o principal ponto da sua viagem. Separe a região em blocos e comece a explorar!
Você pode começar pelo imponente Capitólio, sede do legislativo. Se por fora ele já é majestoso, espere até entrar. As visitas guiadas devem ser agendadas com antecedência pelo site e passa por três grandes salões onde são homenageadas importantes figuras da história americana.
Logo em frente fica a Biblioteca Nacional – e a dica aqui vale para todos os lugares que serão citados: se encontrar um grupo guiado, entre nele! Por mais que olhemos tudo em volta, as informações que recebemos nesses tours transformam as visitas. Esse lugar em especial não tem muitas indicações, apesar de ser um dos principais pontos turísticos da cidade, então os funcionários são peças-chave para conhecer o local e a história do prédio.


Todas as pinturas no teto, as esculturas nas paredes, a posição das salas – tudo na Biblioteca tem uma explicação. Além de saber os detalhes, quando é parte de um grupo guiado, você tem preferência para entrar em alguns lugares, como a biblioteca de Thomas Jefferson e a varanda para espiar a sala de leitura. O lugar tem mais de 160 milhões de itens e é visitado por 1,5 milhão de pessoas por ano. Seja uma delas!
Logo atrás da Biblioteca Nacional fica a menos conhecida Folger Shakespeare Library. O tempo de visita é bem mais curto e é um prato cheio para fãs do escritor inglês. Uma das peças exibidas com orgulho é a cópia original do livro “Ms. Shakespeare: comedies, histories & tragedies”, publicado em 1623. A obra foi organizada pelos amigos dele e sem ela 18 peças de teatro não seriam conhecidas pelo público, entre elas Macbeth.
Além do acervo fixo, o espaço guarda exposições itinerantes e tem um teatro inspirado no Globe Theatre de Londres, então vale dar uma olhada no site antes para ver o que está acontecendo por lá.
Também na região fica o Jardim Botânico: são mais de 65 mil plantas do mundo todo. A visita vale em qualquer época do ano, mas na primavera a paisagem fica no seu ápice.
Ali perto fica o National Museum Of The American Indian, além dos diversos andares de exposição, é uma ótima opção para comer algo diferente do que você encontra nas ruas. O refeitório tem refeições inspiradas nos costumes dos índios dos Estados Unidos. Espere novidades e se arrisque na escolha.
O National Air and Space Museum também está ali. É interessante separar a tarde toda pra ele, ou pelo menos boa parte dela. Conheça peças de espaçonaves, aviões, instrumentos de astronautas e veja pedaços da pedra da Lua. O último tour do museu começa às 14h, então se programe, porque um guia aqui é fundamental para não perder as principais coisas. Se tiver tempo, você pode fazer uma viagem pelas estrelas no planetário (US$9,00). Ah! Passe na lojinha depois! Eles vendem diversas comidas desidratadas, assim como os astronautas comem no espaço. O gosto pode não agradar a todos, mas quando você vai ter essa chance de novo?
Dia 2
Entre um pouco mais na cidade e vá até o National Archives, o acesso é fácil pelo metrô e dá para ir caminhando para outras atrações. Os destaques são a Constituição dos Estados Unidos e a Declaração da Independência, que ficam expostas no salão principal. Se puder fugir da época de temporada é uma boa, caso contrário é preciso ter paciência para disputar espaço com mais de 4 mil pessoas.
Vá até a exposição fixa, que mostra diferentes formas de registros históricos, e procure por um guia, ele vai mostrar os principais itens e contar algumas histórias que vão fazer você soltar ohs e ahs. Você sabia que o governo americano mantém naquele prédio mais de 12 bilhões de arquivos? Pois é.
Nesse mesmo dia ainda é possível conhecer o Natural History Museum, com sua exposição de animais dos mais diversos períodos históricos, e a National Gallery of Arts. Esta última é composta por dois prédios, o West, com arte clássica, e o East, que abriga coleções de arte moderna e reabriu em outubro de 2016 depois de passar por reforma.
Sei que tudo isso envolve muita caminhada, mas mantenha o ritmo só um pouco mais e vá até o Smithsonian American Art Museum & National Portrait Gallery, onde Lincoln fez seu segundo baile oficial, uma vez que seus amigos negros não puderam entrar na Casa Branca para participar do primeiro. O passeio aqui não é tão extenso e é possível ver as mostras de retratos sem demorar muito.


Dia 3
Tente agendar a visita no Capitólio logo pela manhã, já que ocupa algumas horas. Dessa forma poderá sair de lá e voltar para as outras atrações da cidade sem quebra no dia.
Um dos poucos museus que não são de graça é o Newseum, que guarda um acervo de diferentes momentos da história do jornalismo internacional. Alguns dos destaques são a cobertura da queda do muro de Berlim (com direito a um pedaço do muro em exposição), os detalhes dos acontecimentos decorrentes do ataque às Torres Gêmeas contados pela mídia, além de um espaço reservado para todas as fotos vencedoras do prêmio Pulitzer e outro à censura.
Mais uma parada para o seu dia pode ser o museu Afroamericano. Quando eu fui, era recém-inaugurado pelo ex-presidente Obama e as filas eram gigantescas, chegando a bater quatro horas de espera, por isso tive que deixar passar.
Dia 4
Se existe um dia que você tem que torcer para não chover, esse dia chegou. A outra extremidade do National Mall é inteira ao ar livre e vai exigir disposição.
Comece pela Casa Branca, porque é perto do metrô e não demora muito, já que não conseguimos agendar visitas internas. Aqui é interessante reparar que as árvores foram dispostas de modo que quem passa pela avenida só consegue enxergar a White House quando está exatamente na frente. Pode parecer apenas um detalhe, mas é uma medida de segurança.
Logo em frente fica o Washington Monument, o obelisco americano, e é a sua chance de chegar mais perto antes de seguir caminho.


Mais adiante fica o Lincoln Memorial, com a imponente figura do ex-presidente olhando em direção ao Capitólio, além de três outros memoriais: o dos veteranos da Segunda Guerra Mundial, dos veteranos da Guerra do Vietnã e da Guerra da Coreia. Voltando pela direita você ainda encontra o Martin Luther King Jr. Memorial, o D.C. War Memorial, o memorial do Roosevelt e do Thomas Jefferson. São lugares que não tomam muito tempo, mas a rota envolve caminhada. E não, não tem banheiro ou lugares para comer no caminho. A boa notícia é que o próximo lugar tem tudo isso, incluindo um doughnut recheado de creme e coberto de chocolate que vai recarregar suas energias.
Se você escolheu fazer esse percurso de manhã, deve chegar ao Museu do Holocausto pela hora do almoço, então aproveite e passe no café antes de entrar porque aqui ficará um tempinho. Na entrada você pega um cartão de identificação de uma pessoa que foi presa pelo regime Nazista e cada página conta uma parte da vida dela de acordo com a fase política apresentada em cada andar do prédio. É uma dinâmica muito interessante e diferente dos outros locais que abordam o tema.
Dia 5
Um dia da sua visita deve ser dedicado às cidades vizinhas. Arlington é uma delas.
Recomendo começar o passeio pelo U.S. Marine Memorial, a conhecida estátua dos soldados fincando a bandeira americana no chão. O local fica um pouco afastado do metrô, mas não tira da rota. Ali perto fica o cemitério de Arlington com a famosa visão das lápides alinhadas. O espaço é muito grande, então, para não se perder e conseguir aproveitar o dia ao máximo, vale entrar um pouco e depois contornar por fora rumo ao metrô.
Ali perto fica o Pentágono, é preciso agendar visita, mas tem que ser com muita antecedência e nem todos os grupos são aprovados. Mesmo que você não consiga, visite o memorial construído para as vítimas do ataque de 2001.
O próximo destino é Alexandria, uma cidade à beira do rio Potomac (e cerca de cinco paradas abaixo do Pentágono). A viagem não dura mais de vinte minutos e é uma boa opção para almoço. Saindo da estação King St-Old Town tem a opção de pegar um bondinho (de graça) até a marina, onde ficam os restaurantes e lojinhas. Aqui você encontra de tudo: pizza, hambúrguer, massas e peixes.
Para fechar, as linhas de metrô dão acesso fácil ao Tysons Corner, um grande shopping center onde você pode encontrar todas as lojas que tem na lista de compras.
Prepara e vai!
Apesar de estar na rota dos turistas, Washington não está no topo da lista dos brasileiros, que costumam ter na frente locais como Orlando, Nova York e Los Angeles. O que é natural. Mas D.C. me surpreendeu muito, tanto pela história que passa quanto pela facilidade de transporte e o potencial de fazer programas muito bons e de forma econômica.
Depois desse texto gigantesco minha dica é: dê uma chance para a cidade. Você vai se apaixonar. Certeza.
