USE O CUPOM "MABIPORAI" E GANHE 10% DE DESCONTO NOS PRODUTOS DA LOJA

Caia de amores por Budapeste: o que fazer na capital da Hungria

Entre pontes, termas e história: por que Budapeste conquista viajantes com seu charme único

ROTEIRO

6/24/20175 min read

brown concrete building near body of water during daytime
brown concrete building near body of water during daytime

Uma grande surpresa para mim durante viagem pelo leste europeu foi Budapeste. Antes de ir, ouvi muitos comentários sobre a beleza de Praga, o que naturalmente focou minha atenção na cidade tcheca. Como podia eu contar com a astúcia de Budapeste?

O clima das duas cidades é bem parecido – a arquitetura, as comidas, a estranheza do idioma, a confusão na conversão do dinheiro –, então talvez eu tenha me apaixonado tanto por Budapeste porque fui para lá primeiro. Pode ser que essa paixão fosse por Praga se o roteiro tivesse sido diferente, mas esse é um amor de que não tem arrependimento.

Como é o deslocamento em Budapeste

Antes de chegar a qualquer cidade, é sempre importante verificar com antecedência as possibilidades de transporte do aeroporto ou estação de trem até seu lugar de hospedagem. Em Budapeste esse trajeto é possível usando transporte público, mas, se você não quiser se arriscar logo de cara em um país com o idioma tão diferente do nosso, é possível reservar um táxi pelo site oficial da cidade ou mesmo fazer a reserva de aluguel de carro.

Outra tarefa para ser feita ainda no aeroporto: compre o City Card. Esse cartão vai ser seu passe para Budapeste, dando desconto e muitas vezes gratuidade em muitas atrações. Mas o que mais facilita é o transporte público, já que você não precisará mais comprar bilhete de metrô, ônibus ou bondinhos (bem comum por lá).

Esse é um ponto de muita atenção porque o metrô, por exemplo, não tem catraca, você deve comprar o bilhete e validar em uma máquina na entrada. A fiscalização costuma ficar na saída. O funcionário pede pelo passe e você mostra o impresso ou o City Card, simples. O problema é se você se aventurar a não pagar, o que pode render multa – sem contar a vergonha.

Leia mais:

Vocabulário em húngaro

Oi/tchau: Szia (pronuncia-se ‘siiá”)

Obrigado: Köszönöm (pronuncia-se “coesoenom”)

O que fazer em Budapeste

aerial photography of buildings viewing bridge and sea during daytime
aerial photography of buildings viewing bridge and sea during daytime

Você já pode sair do aeroporto carregado de panfletos e mapas – e faça isso! O governo preparou um guia básico da cidade com comidas típicas, algumas palavras básicas com instruções fonéticas, além de alguns pontos de atenção, como a moeda local e alguns golpes que mal intencionados possam aplicar em turistas. Poderia ser sua mãe, mas é a primeira mostra da receptividade húngara.

Se chegou até Budapeste já sabe que a cidade é dividida entre Buda e Peste, ligadas por pontes. A maior parte das atrações fica em Peste, então procure se hospedar por aqui. Nessa área, as principais atrações ficam no centro e são:

  • Parlamento: sem dúvida o prédio mais famoso desse lado, mas a melhor visão você consegue quando atravessa o rio e anda pela margem de Buda. Esse passeio vale a pena fazer de dia, porque é lindo, e de noite, para ver a iluminação deslumbrante. Caso queira fazer uma visita guiada por algumas salas, você deve ir logo pela manhã para comprar ingresso, pois os grupos são divididos por idioma e duram cerca de uma hora e meia. Ah sim, qualquer semelhança com o Parlamento Britânico não é mera coincidência, a inspiração é oficial.

  • Basílica de St Stephen: construído no final do século XIX, a igreja é o principal símbolo católico da Hungria. Uma curiosidade aqui é que a figura principal no altar não é Jesus Cristo, mas sim a figura do Rei Estevão, isso porque o monarca teve importante papel no fortalecimento do cristianismo no país no século X, tendo essa homenagem autorizada pelo Vaticano.

  • Opera House: aqui você tem duas opções para conhecer. Diariamente são realizados tours pelo prédio e você pode escolher assistir a um miniconcerto no final, claro, por preço adicional. A segunda opção é comprar um ingresso para a peça da noite, podendo ser balé, ópera ou apenas orquestra. Quando eu fui, tive a sorte de pegar um dia de ensaio para uma ópera, então o espetáculo foi mais curto, 1h30, e mais barato (4.500 florins húngaros, cerca de 14 euros).

  • Bairro Judeu: é interessante observar nessa região a diferença na arquitetura quando comparada com o restante da cidade. Se por um lado as sinagogas impressionam pela beleza, ainda há indícios das ações dos nazistas, que muraram o espaço e transformaram em gueto com os mais de 200 mil judeus.

a row of shoes sitting on the shore of a lake
a row of shoes sitting on the shore of a lake
  • Shoes by the Danubio: ainda com a temática judaica, às margens do rio Danúbio foi instaurado um memorial em homenagens às vítimas de fuzilamento no local. Desde 2005, quem passa perto do Parlamento beirando o rio pode se emocionar com os sapatos de bronze.

  • City Park: deixando o centro para trás, você chega ao “Central Park de Budapeste”. Lá é um ponto de visita também para os moradores locais, uma vez que o complexo abriga um zoológico, o Jardim Botânico, o Castelo Vajdahunyad, entre outras atrações. Em frente, você chega à Heroes Square, a maior e mais famosa praça da cidade e que presta homenagem aos líderes da nação húngara.

Se o itinerário for apertado, em um dia você consegue conhecer as principais atrações de Buda. O acesso é bem simples: basta pegar um bondinho que sobe até onde fica os palácios de Sándor e Budavári. Lá em cima tem um centro gastronômico que oferece todos os tipos de opção, desde self-service até Jamie’s Italian, e lojas de souvenir. Ao contrário do que pensei, os preços não eram mais altos, então se quiser comprar alguma coisa, não se prenda. É provável que encontre novamente no centro, mas e se não?

fisherman's bastion in Budapest during daytime
fisherman's bastion in Budapest during daytime

Entre outras coisas, no complexo você pode conhecer o Bastião dos Pescadores, espaço que se tornou um mirante para a cidade, a Igreja de São Mathias, e o palácio. Um dos principais cartões postais da cidade hoje abriga o Museu de História Húngara e a Hungarian National Gallery. Recomendo terminar o dia em um dos museus, já que pela manhã é mais fácil de transitar pelo centro de compras e pelo Bastião. Se você comprar o City Card terá entrada gratuita aqui.

Por fim, não deixe de visitar uma das termas, se você comprar o City Card poderá ter desconto em algumas ou mesmo entrar de graça. Dica de amigo: não fique tirando fotos nas piscinas, muitos moradores locais frequentam o espaço e ficam extremamente desconfortáveis em saírem nas fotos vestindo roupa de banho. Com esse cuidado você não estraga a experiência dos outros e evita constrangimento para você.

Deixo aqui também um exercício para suas férias em Budapeste: ande sem rumo. À primeira vista a cidade pode assustar, principalmente de noite, porque as ruas são um pouco escuras e estreitas, o que deixa qualquer brasileiro ao menos um pouco ressabiado. Mas pode ir sem medo porque os húngaros podem ser sisudos, mas quebrando a casca estão dispostos a ajudar de bom grado.